A esporotricose é uma micose subcutânea causada por fungos do gênero Sporothrix
A esporotricose apresenta um crescimento no Rio Grande do Norte. Entre 2016 e 2025, o estado registrou 4.012 casos da doença em pessoas e animais, segundo dados do Painel Epidemiológico da Esporotricose, elaborado pelo Centro de Inteligência Estratégica para Gestão Estadual do SUS (CIEGES/RN).
Do total, 856 ocorrências foram notificadas em humanos em 44 municípios, com 519 confirmações. Entre os animais, foram 3.156 casos em 21 municípios, com 1.639 confirmações. Natal lidera as notificações em humanos (609) e em animais (2.328), seguida por Parnamirim e Macaíba no ranking de casos humanos, e Parnamirim e Extremoz nos casos animais.
A esporotricose é uma micose subcutânea causada por fungos do gênero Sporothrix. Segundo o Ministério da Saúde, a infecção ocorre quando o fungo entra no organismo através de ferimentos na pele, como acidentes com espinhos ou lascas de madeira, ou por arranhões e mordidas de animais doentes, principalmente gatos.
Os sintomas geralmente aparecem após a contaminação da pele. A lesão inicial é semelhante a uma picada de inseto e pode evoluir para feridas ou nódulos. Em casos mais graves, o fungo pode afetar os pulmões, causando tosse, falta de ar e febre, ou atingir ossos e articulações, manifestando-se como inchaço e dor.
Existem diferentes formas clínicas da doença. A mais comum é a linfocutânea, na qual pequenos nódulos se formam sob a pele, seguindo o trajeto do sistema linfático. Outras formas incluem a cutânea, com múltiplas lesões, e as mais graves, como a extracutânea e a disseminada, que comprometem outros órgãos e sistemas do corpo.
O diagnóstico é realizado por meio de exames clínicos, epidemiológicos e laboratoriais, com o isolamento do fungo a partir de amostras da lesão. O tratamento deve ser feito com acompanhamento médico e pode durar de três a 12 meses. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente o antifúngico itraconazol para o tratamento da esporotricose humana.
Para a prevenção, o Ministério da Saúde recomenda evitar a exposição direta ao fungo. É importante usar luvas e roupas de mangas longas em atividades que envolvam o manuseio de solo e plantas. Animais doentes devem ser manipulados com equipamento de proteção e não devem ser abandonados. Em caso de morte, a recomendação é incinerar o corpo do animal para evitar a contaminação do ambiente.
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