Maria Luísa Capriglione, médica especialista em reprodução assistida - Foto: Divulgação
A dificuldade para engravidar é uma realidade mais comum do que se imagina. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada seis pessoas adultas no mundo enfrenta algum grau de infertilidade. No Brasil, estima-se que cerca de 8 milhões de pessoas vivam essa experiência — muitas vezes marcada por frustração, ansiedade e falta de informação.
A infertilidade é definida como a ausência de gestação após 12 meses de relações regulares sem uso de anticoncepcionais. E, embora historicamente recaia sobre a mulher, em até 40% dos casos o fator masculino está envolvido — seja isoladamente ou combinado a causas femininas.
O silêncio masculino ainda é um obstáculo
A médica Maria Luísa Capriglione, especialista em reprodução assistida, explica que o primeiro passo é entender que a infertilidade não é uma sentença, mas uma condição médica tratável.
“A infertilidade não tem gênero. Homens e mulheres podem apresentar alterações que dificultam a gestação. O essencial é buscar ajuda médica e informação de qualidade”, afirma a especialista.
Ela ressalta que ainda existe resistência entre os homens para investigar o problema, o que pode atrasar o diagnóstico e reduzir as chances de sucesso. Entre os fatores mais comuns estão varicocele, infecções, uso de anabolizantes e baixa qualidade dos espermatozoides.
Caminhos possíveis
A medicina reprodutiva evoluiu significativamente nas últimas décadas. Técnicas como a inseminação intrauterina e a fertilização in vitro (FIV) têm permitido que casais realizem o sonho da maternidade e paternidade mesmo diante de diagnósticos desafiadores.
“Cada história é única. Há quem precise apenas de ajustes hormonais e mudança de hábitos, enquanto outros casos exigem tecnologias mais avançadas. A reprodução assistida representa esperança e planejamento”, explica a Dra. Maria Luísa.
O lado humano da reprodução
Mais do que técnicas laboratoriais, a médica destaca o valor do acolhimento e da escuta.
“A jornada para ter um filho envolve emoção, expectativas e, muitas vezes, dor. O papel do profissional é oferecer não apenas a ciência, mas também sensibilidade para caminhar junto com o paciente.”
Informação e acesso
No Brasil, os tratamentos de reprodução assistida estão disponíveis em clínicas privadas e também podem ser acessados, em alguns casos, pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em centros universitários de referência. O encaminhamento deve ser feito por um ginecologista, que orienta o casal sobre as opções possíveis.
“A informação é o primeiro passo para vencer o medo e transformar a esperança em realidade”, conclui a Dra. Maria Luísa Capriglione.
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