"Ao modificar, de forma unilateral, um dos pilares do PROEDI, a medida gera insegurança jurídica", afirma Roberto Serquiz. Foto: CNI

"Ao modificar, de forma unilateral, um dos pilares do PROEDI, a medida gera insegurança jurídica", afirma Roberto Serquiz. Foto: CNI

Economia

Indústria Fiern critica antecipação de 50% para empresas do Proedi e avalia ação judicial

“Estamos avaliando, com respaldo técnico e jurídico, os encaminhamentos cabíveis, sempre em busca de soluções que preservem o desenvolvimento econômico do Rio Grande do Norte”, diz a nota

por: NOVO Notícias

Publicado 22 de outubro de 2025 às 15:09

A Federação das Indústrias do RN (Fiern) se posicionou oficialmente sobre a Portaria da Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ-RN) que determina a antecipação de 50% do ICMS devido no mês anterior por empresas beneficiadas pelo PROEDI, atacadistas e centrais de distribuição.

Segundo a Fiern, em nota assinada pelo presidente Roberto Serquiz, a portaria é vista com preocupação. “A medida foi adotada sem diálogo prévio com a FIERN. A antecipação do imposto pressiona imediatamente o fluxo de caixa das empresas. Isso compromete o capital de giro, afeta o planejamento financeiro e pode impactar a continuidade de empregos e investimentos”, diz a nota.

No comunicado, a Federação aponta que a medida causa insegurançca jurídica e diz avaliar uma ação judicial para reverter a medida.

Confira abaixo a nota na íntegra:

“A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) manifesta preocupação com a Portaria da Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ-RN) que determina a antecipação de 50% do ICMS devido no mês anterior por empresas beneficiadas pelo PROEDI, atacadistas e centrais de distribuição.

A medida foi adotada sem diálogo prévio com a FIERN.

A antecipação do imposto pressiona imediatamente o fluxo de caixa das empresas. Isso compromete o capital de giro, afeta o planejamento financeiro e pode impactar a continuidade de empregos e investimentos.

Ao modificar, de forma unilateral, um dos pilares do PROEDI — criado para garantir competitividade e previsibilidade à indústria potiguar — a medida gera insegurança jurídica.

No curto prazo, o impacto recai sobre o caixa das indústrias, podendo resultar na postergação de pagamentos, redução de investimentos e dificuldades na manutenção de empregos.

No médio prazo, os riscos são de retração de investimentos, perda de competitividade frente a outros estados e enfraquecimento do ambiente de negócios.

Estamos avaliando, com respaldo técnico e jurídico, os encaminhamentos cabíveis, sempre em busca de soluções que preservem o desenvolvimento econômico do Rio Grande do Norte.

A FIERN reafirma seu compromisso com a defesa da competitividade industrial, da segurança jurídica e do diálogo institucional.”

Roberto Serquiz – Presidente da FIERN

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