Opinião Daniela Freire: revelada briga entre Rogério Marinho e Sóstenes Cavalcante na CPMI do INSS

Não é ‘doação’
Depois de muito mentir sobre os erros da engorda de Ponta Negra, mais uma conversa mole da Prefeitura do Natal foi desfeita pela realidade dos fatos, agora envolvendo o “parque linear”. A gestão Paulinho Freire e os seus aliados na Câmara Municipal de Natal tentaram fazer com que o cidadão natalense acreditasse que o terreno do local onde a Prefeitura quer realizar a obra havia sido “doado” pelo Exército, mas a verdade é que o Município terá que gastar R$ 16 milhões em obras para a Tropa. É o que diz o contrato de cessão assinado entre as partes interessadas (Prefeitura e Exército) com “apoio do senador Styvenson Valentim”, como reforçou release do Executivo natalense. A informação foi publicada em primeira mão pela agência Saiba Mais e compartilhada pelo Blog Daniela Freire, no portal do Novo.

Prefeitura já sabia
Aliás, outra mentira sobre o parque linear contada pela Prefeitura do Natal e aliados foi desfeita com exclusividade pelo portal O Potiguar, do cientista político Daniel Menezes: a gestão e a bancada paulinista acusaram (de novo) o Idema de tentar atrapalhar a construção do equipamento por apontar a ilegalidade da obra no local cedido pelo Exército, “as forças do mal contra o desenvolvimento”, eles repetiram, mas a Prefeitura já sabia do impedimento de se construir qualquer coisa no terreno às margens da Avenida Engenheiro Roberto Freire, porque o Executivo da capital foi um dos que assinou, em 2021, o Plano de Manejo (documento técnico que estabelece as diretrizes e normas para a gestão, proteção e uso sustentável de uma unidade de conservação) do Parque das Dunas contendo essa barreira.

Decisão conjunta
E o Plano de Manejo não é feito pelo Idema, mas pelo Conselho Gestor do Parque das Dunas e ele é composto por representantes da própria Prefeitura, UFRN, Exército, UNI-RN, Idema, Semurb, entre outros. Conselho esse que ficou surpreso e assombrado com o que fez a gestão de Natal ao apresentar o proposta de parque linear em local ambientalmente não compatível e reprovou a proposta, que não foi submetida à apreciação prévia do colegiado.

Briga no PL
A Revista Oeste, queridinha do bolsonarismo, divulgou a informação de que está havendo uma arenga grande entre o senador potiguar Rogério Marinho e o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). O desentendimento já teria gerado um “choque direto” entre os dois bolsonaristas. E o motivo? Disputa interna sobre a estratégia do PL na CPMI do INSS. “No centro da discordância está a condução dos requerimentos – especialmente convocações e quebras de sigilo”, diz a reportagem.

Interesse
De acordo com a Oeste, Sóstenes defende “manter pressão máxima sobre o governo Lula” na CPMI, já Marinho quer uma “composição política” na atuação do PL na comissão, aliviando para o Planalto. Em troca de quê? Vale lembrar, nesse contexto, que Marinho sabia dos roubos aos aposentados do INSS lá no governo Bolsonaro e não encaminhou o caso para nenhum órgão investigativo.

O presidente do União Brasil no RN, ex-senador José Agripino, recebeu neste fim de semana o prefeito de Natal, Paulinho Freire, filiado ao partido. Agripino fez questão de tornar o encontro público e postou registro da conversa em suas redes. “Manhã de sábado com o prefeito. Em pauta, o União Brasil no RN. Vento a favor”. A publicação do senador acontece no momento em que os bastidores políticos dão como possibilidade a filiação do senador Styvenson Valentim no partido.

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