Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS - Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS rejeitou, nesta quinta-feira (16), o requerimento que solicitava a convocação de José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O pedido foi derrubado por 19 votos a 11, após uma intensa articulação da base governista na comissão.
Frei Chico ocupa a vice-presidência do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi), uma das entidades investigadas pela Controladoria-Geral da União (CGU). Embora o irmão de Lula não seja citado no inquérito da Polícia Federal, a oposição tem explorado sua ligação com o sindicato para tentar desgastar o governo.
O líder governista na CPMI, deputado Paulo Pimenta, defendeu a rejeição, argumentando que Frei Chico jamais teve função administrativa ou financeira na entidade.
A discussão sobre a convocação ganhou força nesta semana, após o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar o bloqueio de R$ 390 milhões do Sindnapi. O senador Izalci Lucas, um dos defensores da convocação, alegou que o aumento na arrecadação do sindicato poderia estar ligado à figura do irmão do presidente Lula.
A sessão da CPMI foi marcada por embates acalorados entre parlamentares da oposição e da base governista na análise de mais de 100 requerimentos. Além da convocação de Frei Chico, os governistas também conseguiram retirar da pauta pedidos de quebra de sigilos bancário, fiscal e telemático do ex-ministro da Previdência Carlos Lupi. Pedidos semelhantes contra a publicitária Danielle Fonteles, apontada como destinatária de R$ 5 milhões pagos pelo “Careca do INSS” entre 2023 e 2025, também foram rejeitados.
Por outro lado, a comissão aprovou a convocação da irmã e do sócio do lobista investigado. A base governista também aprovou a quebra de sigilo bancário do advogado Eli Cohen, responsável pelas primeiras denúncias que levaram à criação da CPMI.
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