Ministro Alexandre Padilha, da Saúde - Foto: Walterson Rosa/MS
Medidas incluem estoque estratégico de etanol farmacêutico e ação internacional para obter fomepizol; população é orientada a verificar procedência de bebidas alcoólicas
Publicado 3 de outubro de 2025 às 15:00
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou, nesta quinta-feira (2), um conjunto de ações estratégicas para combater os casos de intoxicação por metanol associados ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. As medidas, que incluem a formação de um estoque de antídotos e a busca por um novo medicamento no exterior, foram apresentadas durante uma reunião da Sala de Situação criada para monitorar a resposta nacional ao problema.
Entre as ações imediatas, o Ministério da Saúde, em parceria com a Ebserh, já estruturou um estoque estratégico de 4,3 mil ampolas de etanol farmacêutico em hospitais universitários. Além disso, está em andamento a compra emergencial de mais 150 mil ampolas. Em paralelo, a Anvisa publicou uma chamada pública para identificar fornecedores internacionais do fomepizol, um medicamento específico para a intoxicação que não está disponível no Brasil. “Com essa ação, estamos mobilizando as 10 maiores agências reguladoras do mundo para que indiquem, em seus países, quais são os produtores do fomepizol”, afirmou o ministro.
Até o momento, foram notificados 59 casos suspeitos de intoxicação por metanol no país, a maioria em São Paulo (53), além de cinco em Pernambuco e um no Distrito Federal. Há um óbito confirmado e sete em investigação. Padilha reforçou, no entanto, que as ações são preventivas. “Os pedidos e compras de antídotos que estamos fazendo são por precaução. Nos últimos anos, não ultrapassamos 20 casos por ano, mas temos observado um registro maior no estado de São Paulo”, explicou.
O ministro fez um apelo à população para que evite o consumo de destilados de origem desconhecida. “Reforçamos três recomendações fundamentais: se beber, não dirija; mantenha-se alimentado e hidratado; e, principalmente, certifique-se da origem da bebida. É essencial saber de onde ela vem. Se estiver em um bar, não aceite bebidas de desconhecidos”, alertou Padilha.
Para agilizar a resposta, o Ministério da Saúde determinou que profissionais de saúde notifiquem os casos suspeitos imediatamente, sem a necessidade de confirmação laboratorial prévia. Além disso, a rede de laboratórios foi mobilizada para reforçar a capacidade de diagnóstico, e 604 farmácias de manipulação foram identificadas como aptas a produzir o etanol farmacêutico, garantindo a disponibilidade do antídoto em todo o país.
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