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inventario Alternativas para evitar o Inventário no Mercado Imobiliário

Planejamento sucessório inteligente: como proteger o patrimônio e evitar os custos e a demora do inventário.

por: Foto do autor Hora do Direito

Publicado 22 de setembro de 2025 às 14:22

Quando ocorre o falecimento de um proprietário de imóveis, a regra geral é a abertura de inventário para transferir os bens aos herdeiros.

Contudo, o inventário costuma ser um processo demorado, burocrático e custoso, impactando não apenas a família, mas também a gestão e a negociação de imóveis.

No mercado imobiliário, esse cenário pode travar a venda, locação e até a regularização de imóveis. Por isso, muitos proprietários têm buscado alternativas jurídicas para organizar o patrimônio em vida, evitando o inventário em alguns casos e prevalecendo a manifestação de vontade.

Existem algumas alternativas para esse planejamento:

1. Doação com reserva de usufruto

Uma das alternativas mais utilizadas é a doação dos imóveis em vida. O proprietário transfere a nua-propriedade para os herdeiros, mas mantém para si o usufruto, ou seja, o direito de usar o bem e receber seus frutos (como o aluguel).
Assim, garante-se a sucessão imediata após o falecimento, sem necessidade de inventário.

2. Testamento

Embora não elimine totalmente o inventário, o testamento permite ao proprietário organizar de forma clara a divisão de seus bens. Isso evita disputas judiciais, facilita o procedimento e reduz custos e prazos.

3. Holding Familiar

A holding patrimonial ou familiar é uma sociedade criada para administrar o patrimônio imobiliário da família. Os bens são transferidos para a empresa, e as cotas são distribuídas entre os herdeiros.
Esse modelo garante maior controle, organização tributária e, principalmente, evita a necessidade de inventário sobre cada imóvel, já que a sucessão se dá pelas cotas sociais.

4. Pactos antenupciais e regimes de bens

O regime de bens no casamento ou na união estável também pode ser usado como ferramenta de planejamento sucessório. Ajustes em pactos antenupciais ou contratos de convivência podem prever regras de transmissão que minimizam conflitos futuros.

5. Seguro de Vida e Previdência Privada

Embora não substituam a transferência direta de imóveis, essas ferramentas oferecem liquidez imediata aos herdeiros, permitindo que tenham recursos para custear tributos e despesas sem depender do inventário.

Planejar a sucessão imobiliária em vida é uma decisão estratégica que garante tranquilidade, economia e segurança jurídica para a família. Cada alternativa tem requisitos e impactos diferentes, por isso é essencial avaliar o caso concreto antes de decidir.

Além das vantagens práticas, o planejamento sucessório também proporciona estabilidade para os negócios da família, especialmente quando os imóveis estão vinculados a empreendimentos comerciais ou locações. A ausência de um plano pode gerar bloqueio de receitas, disputas entre herdeiros e até desvalorização do patrimônio.

Outro ponto relevante é o aspecto tributário. Algumas estratégias, como a constituição de holdings e doações em vida, podem gerar economia fiscal quando comparadas aos custos do inventário, desde que estruturadas de forma adequada e dentro da legalidade.

Por isso, o acompanhamento jurídico especializado é fundamental para evitar riscos e garantir a efetividade da estratégia escolhida como melhor alternativa para o seu patrimônio, afastando desgastes familiares e altos custos.

Se tiver dúvidas sobre nosso artigo ou quiser conversar a respeito, entre em contato conosco: contato@camaraenagib.adv.br ou https://camaraenagib.adv.br/

 

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