Canadá, Reino Unido e Austrália reconhecem formalmente o Estado da Palestina
O Reino Unido, a Austrália e o Canadá reconheceram formalmente o Estado palestino neste domingo, em um movimento internacional coordenado às vésperas da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. A medida, que busca reavivar as negociações para uma solução de dois Estados, é contrariada por Israel e pelos Estados Unidos, governado por Donald Trump.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, afirmou que a decisão visa “reavivar a esperança de paz para os palestinos e israelenses”. “Hoje, o Reino Unido reconhece formalmente o Estado da Palestina”, escreveu ele na rede social X. O gesto de Londres é considerado de grande peso simbólico, já que o país foi protagonista na criação de Israel após a Segunda Guerra Mundial e, desde então, manteve-se como um de seus principais aliados.
Na mesma linha, o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, declarou que o reconhecimento está em consonância com as legítimas aspirações do povo palestino. “A Austrália reconheceu a Palestina hoje, juntamente com o Canadá e o Reino Unido, como parte de um esforço internacional coordenado para criar um novo impulso para uma solução de dois estados”, afirmou em comunicado.
O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, também formalizou a decisão, tornando o Canadá a primeira nação do G7 a reconhecer um Estado palestino, ao lado do Reino Unido. Os três países reforçaram que a organização terrorista Hamas não deve ter nenhum papel na Palestina e que o reconhecimento vem acompanhado de compromissos da Autoridade Palestina com reformas democráticas e financeiras.
A decisão foi elogiada pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, que a classificou como “um passo importante e necessário para alcançar uma paz justa e duradoura”.
A reação de Israel, no entanto, foi de forte oposição. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a criação de um Estado palestino colocaria em risco a sobrevivência de Israel e que lutará contra esses esforços na Assembleia Geral da ONU. “Serviria como uma recompensa absurda para o terrorismo”, declarou. O ministro da Segurança Nacional israelense, Itamar Ben Gvir, foi além e pediu a anexação da Cisjordânia em resposta aos reconhecimentos.
A expectativa é que cerca de outros 10 países, incluindo Portugal, também anunciem o reconhecimento do Estado palestino durante a Assembleia Geral da ONU.
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