Opinião Daniela Freire: Fátima e Walter estão trabalhando unidos na transição

Clima da transição
O governismo petista e emedebista está andando de mãos dadas na articulação da transição do Governo Fátima Bezerra para o Governo Walter Alves. É o que garante fonte com livre trânsito nas salas de poder do Centro Administrativo. O trabalho está sendo realizado em equipe e saindo “melhor do que o planejado”.

Mãos dadas
As informações que chegam à coluna são de que a articulação política de Fátima Bezerra tem atuado de forma positiva e sistemática na montagem das nominatas do MDB, que é a prioridade do partido de Walter. Tanto que os novos nomes filiados ao MDB, como o do deputado Dr Bernardo, tem dedo dessa articulação a quatro mãos, do PT com o MDB.

Contados
No fim das contas, a nominata do MDB deverá ter os deputados Dr Bernardo; Ubaldo Fernandes; Ivanilson Oliveira; Ezequiel Ferreira e Kleber Rodrigues. A coluna também ficou sabendo que o grupo poderá contar ainda com Galeno Torquato e até com Neilton Diógenes, que estaria fazendo as contas e chegando à conclusão que ficará ruim disputar com a esposa do prefeito de Mossoró Allyson Bezerra e com os vereadores Érico Jácome, Robson Carvalho e Camila Araujo, na mesma federação.

Fátima garante Cadu
Em entrevista à Band TV, a governadora Fátima Bezerra garantiu, diante de especulações sobre a possibilidade de o seu vice e futuro sucessor, Walter Alves: “A candidatura do nosso grupo tem nome: chama-se Cadu Xavier. Uma candidatura pra valer, pra ir inclusive ao segundo turno”, disse. A afirmação assertiva da governadora veio poucos dias após Garibaldi Alves declarar que “a decisão de Walter (de não se candidatar) está cada vez mais se consolidando, no sentido de que ela se torne irreversível. Mas, até lá, nós poderemos ter algum fato novo”.

PSD longe de Lula
A senadora Zenaide Maia, candidata à reeleição no Senado, e o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo, colocado no cenário eleitoral para 2026, devem estar atentos para a movimentação do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab. É que durante a passagem por Santa Catarina, na última semana, Kassab respondeu a pergunta de jornalistas sobre os cenários nacional e estadual para as eleições de 2026 e, no caso da relação com o governo Lula, o cacique pessedista afirmou que o presidente da República já foi avisado de que no ano que vem a sigla não estará na chapa de reeleição.

Sem saída
Ainda há quem tente defender publicamente os contratos com OSS (Organizações Sociais de Saúde) que a Prefeitura do Natal quer impor à Saúde da capital potiguar mesmo com decisões judiciais e técnicas contra essas propostas, como no caso do Ministério Público de Contas, que investigou e considerou as propostas apresentadas “genéricas, sem conexão com os problemas reais das unidades”, com “ausência de memória de cálculo”, com possibilidade de “gerar custos ocultos e aditivos onerosos”. Ainda por cima, o TCE determinou a suspensão desses contratos, confirmando suspeitas levantadas pela deputada federal Natália Bonavides e pelo vereador Daniel Valença em ação questionando as contratações. O conselheiro-relator considera que os estudos técnicos preliminares que fundamentam as contratações das OSS contém generalidades, sem dados concretos. Agora, só resta tentar condenar os posicionamentos – a favor da população – dos petistas. Foi o que sobrou nas rádios de Natal.

Cinismo
Em um dia, o senador Sérgio Moro estava na CNN, em debate com o deputado e ex-ministro Paulo Pimenta, afirmando que “o roubo dos aposentados e pensionistas do INSS é filho da volta da impunidade, porque não ousariam fazer isso naquela época (governo Bolsonaro)”. No dia seguinte, as manchetes estampadas nos jornais: “Documento revelam que Sérgio Moro e Paulo Guedes sabiam sobre fraude do INSS no governo Bolsonaro”. O bolsonarismo está encalacrado nisso até o pescoço e o material começa a vir à tona. Um sintoma do desespero bolsonarista pode estar na decisão do ministro do STF André Mendonça de desobrigar o Careca do INSS, considerado peça chave no roubo dos aposentados, de comparecer à CPMI do INSS.

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