Em seu discurso, o governador de São Paulo afirmou que "não vamos aceitar a ditadura de um poder sobre o outro"
Durante manifestação na Avenida Paulista, governador defendeu o ex-presidente, criticou o julgamento por tentativa de golpe e pediu ao presidente da Câmara que paute a anistia para os envolvidos nos atos de 8 de Janeiro
Publicado 7 de setembro de 2025 às 16:48
Ao participar de uma manifestação na Avenida Paulista neste domingo (7), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu uma anistia ampla para os envolvidos nos atos de 8 de Janeiro e criticou duramente o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em seu discurso, o governador de São Paulo afirmou que “não vamos aceitar a ditadura de um poder sobre o outro” e cobrou o fim do que classificou como “abuso” sobre o processo. Tarcísio direcionou um recado direto ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, pedindo que a pauta da anistia seja levada à votação no plenário. “Hugo, paute a anistia. Deixe a casa decidir. E tenho certeza que ele vai fazer isso”, declarou.
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro foi um dos eixos centrais da fala. Tarcísio de Freitas frisou que Bolsonaro deve ter o direito de participar das eleições e apontou o que considera fragilidades no processo judicial. Ele argumentou que o julgamento é baseado em apenas um elemento: a delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. O governador classificou o depoimento como “mentiroso”, afirmando que Cid teria mudado sua versão “seis, sete vezes, sob coação”.
Tarcísio também questionou a falta de provas materiais que liguem o ex-presidente aos atos. “Vários analistas foram à TV comentar e disseram: ‘Não existe ligação entre o Punhal Verde e Amarelo, o 8 de Janeiro, e Jair Bolsonaro’. Não existe um documento, não existe uma ordem. Do que estamos falando, então? Que história é essa? Como vão condenar uma pessoa sem nenhuma prova”, questionou o governador.
A manifestação bolsonarista na Avenida Paulista teve como pautas centrais o pedido de anistia e críticas ao Supremo Tribunal Federal. Tarcísio lamentou a ausência de Bolsonaro no evento, dizendo que a “festa” não estava completa, mas previu que “novos tempos virão” com o ex-presidente solto. O ato contou com a participação de outros políticos aliados, como o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia.
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