Luis Fernando Verissimo era conhecido por sua genialidade em criar personagens cativantes e memoráveis. Foto: Unesp/Divulgação
O escritor e cronista Luis Fernando Veríssimo faleceu aos 88 anos em Porto Alegre. A causa da morte foram complicações de uma pneumonia. Ele estava internado no hospital Moinhos de Vento desde o dia 11 e, segundo sua esposa, Lucia Verissimo, a morte ocorreu na madrugada de sábado.
Nos últimos anos, Verissimo vivia de forma reclusa e havia parado de escrever suas crônicas diárias após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) em 2021. Mesmo assim, sua ausência na mídia não diminuiu o carinho de seus leitores, que continuavam a revisitar suas obras.
Com mais de cinco décadas de carreira, o autor deixou um legado inestimável. Foram milhares de páginas publicadas em jornais e revistas, além de dezenas de livros que figuraram nas listas dos mais vendidos e queridos do Brasil. Sua escrita era marcada por um humor sutil e uma visão crítica da sociedade.
Verissimo era conhecido por sua genialidade em criar personagens cativantes e memoráveis. Figuras como o Analista de Bagé, o detetive Ed Mort e a Velhinha de Taubaté tornaram-se ícones da literatura brasileira, sempre presentes nas antologias escolares e na memória afetiva dos leitores.
Filho do renomado escritor Erico Verissimo, ele demorou a se aventurar no universo literário. Nascido em 1936, passou parte da juventude nos Estados Unidos, onde aprimorou o bilinguismo e desenvolveu um profundo interesse por jazz, paixão que o acompanhou ao longo da vida como músico.
Sua entrada no jornalismo, em 1969, foi quase por acaso, cobrindo férias de um colega. No entanto, seu talento e a fluidez de seu texto rapidamente o destacaram. Com criatividade e um humor único, ele transformou o gênero da crônica, introduzindo uma forma leve e inteligente de abordar o cotidiano.
O primeiro livro de Verissimo, “O Popular”, foi lançado em 1973 e rapidamente se tornou um sucesso de público. Com ele, o autor não apenas conquistou uma vasta legião de fãs, mas também ajudou a solidificar a crônica como um gênero literário respeitado e ensinado nas escolas.
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