Natal possui pelo menos 10 mil pessoas morando em áreas de risco ou alto risco. Foto: Reprodução
O evento ocorre no dia 28 de agosto, das 8h30 às 11h, no Auditório A do Centro de Ciências Exatas e da Terra (CCET) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
Publicado 19 de agosto de 2025 às 15:30
“Um marco histórico para Natal”, afirma o especialista em redução de riscos de desastres Lutiane Almeida. Após 18 meses de trabalho coletivo e interinstitucional, será lançado o Plano Municipal de Redução de Risco (PMRR) da capital potiguar.
O evento ocorre no dia 28 de agosto, das 8h30 às 11h, no Auditório A do Centro de Ciências Exatas e da Terra (CCET) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O objetivo é apresentar os principais resultados da iniciativa, impulsionada pelo governo federal para lidar com os riscos de desastres nas cidades brasileiras.
“É um momento para comemorar a finalização desse trabalho realizado em colaboração com o governo federal, a UFRN, a prefeitura de Natal e, sobretudo, as comunidades em risco da cidade”, afirma Almeida, coordenador do Grupo de Pesquisa Georisco e do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas sobre Desastres (NUPED), que liderou a elaboração do PMRR de Natal.
Na ocasião, estarão presentes representantes da UFRN, Prefeitura Municipal de Natal, Defesa Civil e da Secretaria Nacional das Periferias, do Ministério das Cidades, instituições que, em parceria com as comunidades que moram em áreas de risco, produziram o documento que orientará decisões mais efetivas para reduzir os riscos de desastres na capital. Também foram convidados representantes da Defesa Civil Estadual e do Ministério Público, atores importantes para a gestão de riscos.
Durante a elaboração do PMRR, 13 localidades de Natal foram mapeadas, sendo nove delas consideradas mais vulneráveis, o que demanda monitoramento permanente da Prefeitura. Dos 88 setores de riscos mapeados (variando entre risco baixo e risco muito alto), 71,1% estão expostos a inundações e alagamentos, enquanto 28,9% estão expostos a movimentos do solo, como deslizamentos.
Esse diagnóstico permite a proposição de intervenções estruturais específicas para o caso de cada localidade, mas também soluções comuns, que auxiliarão na redução de riscos da cidade.
Almeida destaca três medidas do PMRR que tendem a melhorar o sistema de drenagem para evitar inundações e alagamentos: 1) desobstrução de rede de microdrenagem por sucção; 2) instalação de bueiros ecológicos inteligentes; e 3) vídeo para inspeção robotizada da rede de drenagem e manutenções corretivas.
Essas e outras propostas buscam fortalecer o trabalho de gestão de riscos e desastres em diferentes frentes de atuação, visando não apenas a resposta eficiente ao desastre, mas a implementação de ações preventivas, de mitigação, preparação e recuperação.
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