Hospital Infantil Maria Alice Fernandes - Foto: Demis Roussos/Arquivo/Assecom RN

Cotidiano

Saúde Após ordem judicial, Sesap libera 20 leitos de UTI no Hospital Maria Alice Fernandes

Ação emergencial da Sesap com parceiros garantiu insumos necessários para o desbloqueio das vagas pediátricas e neonatais, que enfrentavam uma crise de abastecimento

por: NOVO Notícias

Publicado 16 de agosto de 2025 às 18:00

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) informou que os 20 leitos de UTI pediátrica e neonatal do Hospital Infantil Maria Alice Fernandes (HMAF) estão totalmente disponíveis desde a tarde desta sexta-feira (15). A liberação ocorre após uma decisão da 4ª Vara Federal do Rio Grande do Norte que determinou ao Estado a adoção de medidas para o desbloqueio imediato das vagas, atendendo a um pedido do Ministério Público, Defensoria Pública e Conselho Regional de Medicina (Cremern).

A solução para a crise, segundo nota oficial da Sesap, foi alcançada a partir de requisições de insumos feitas pela pasta junto a empresas fornecedoras e com o auxílio de parceiros. A secretaria agradeceu o apoio da Secretaria de Saúde da Paraíba, dos hospitais Universitário Ana Bezerra, Infantil Varela Santiago e Rio Grande, além da Maternidade-Escola Januário Cicco. A ação emergencial, que começou na sexta-feira passada, contou também com a colaboração de hospitais da própria rede estadual, como o Monsenhor Walfredo Gurgel e o Dr. José Pedro Bezerra (Santa Catarina).

A intervenção judicial havia sido motivada pela grave crise estrutural no HMAF, principal referência do estado para casos de alta complexidade infantojuvenil. Na ação, as instituições apontaram que epidemias de gripe e arboviroses aumentaram a demanda por leitos, enquanto o hospital sofria com o bloqueio de vagas por falta de condições operacionais.

Um relatório de fiscalização do Cremern, que embasou o pedido, identificou a falta de insumos essenciais como tubos orotraqueais, cateteres e medicamentos como fenobarbital injetável. O documento apontou que sete leitos de UTI estavam bloqueados especificamente pela falta de materiais, atribuindo a escassez à inadimplência do Estado com fornecedores.

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