Cotidiano

Facção Suspeito de envolvimento na morte de Miguel Cabral é preso em operação da Polícia Civil. Veja vídeo

Durante as investigações, foi constatado que três dos alvos presos romperam com uma facção criminosa da qual faziam parte e passaram a integrar um novo grupo criminoso com atuação na região do Potengi

por: Com informações da Secoms Polícia Civil

Publicado 6 de agosto de 2025 às 17:08

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte deflagrou, nas primeiras horas desta quarta-feira (06), a “Operação Umbra”, com o objetivo de prender integrantes de uma organização criminosa local que atua na região do Potengi e em Natal. Um dos investigados possui envolvimento direto no homicídio de um ex-prefeito do município de São Pedro (RN), Miguel Cabral, fato que segue sob apuração.

O político foi morto dia 3 de fevereiro de 2025 quando estava no Largo do Atheneu, na zona Leste de Natal. Ele foi baleado e não resistiu aos ferimentos.

Parte dos alvos da operação é oriunda do município de São Tomé e de bairros da capital, como Felipe Camarão, reforçando a atuação da PCRN na Zona Oeste de Natal. Durante a ação, foram cumpridos dez mandados de prisão temporária e dez mandados de busca e apreensão, expedidos com base em inquéritos que apuram crimes como extorsão mediante grave ameaça e homicídios.

A operação é fruto de uma investigação conduzida pela 34ª Delegacia de Polícia de São Tomé (34ª DP), em conjunto com o 1º Núcleo de Investigação Qualificada (1º NIQ/DIP), com apoio operacional da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE/PCRN). As investigações apontam que parte dos alvos exerce liderança em uma facção criminosa e vinha praticando diversos atos violentos, gerando temor na população local.

Dos dez alvos com mandados de prisão temporária expedidos, oito foram localizados e presos. Dois alvos, ambos localizados no estado do Ceará, não foram encontrados e seguem sendo procurados. Durante as investigações, foi constatado que três dos alvos presos romperam com uma facção criminosa da qual faziam parte e passaram a integrar um novo grupo criminoso com atuação na região do Potengi.

A ruptura entre as facções teria sido motivada por conflitos internos e resultou em diversos atos de violência. As diligências foram realizadas de forma simultânea em Natal (nos bairros Felipe Camarão e Cidade da Esperança), Nova Parnamirim, Tangará, Carpina (PE), Fortaleza (CE) e Itapema (SC), com apoio da Delegacia Regional de São Paulo do Potengi (1ª DR), da 81ª Delegacia de Tangará e da Delegacia Especializada de Falsificações e Defraudações (DEFD).

A operação também contou com a atuação integrada dos setores de inteligência das Polícias Civis de Pernambuco, Ceará e Santa Catarina. O nome da operação, “Umbra”, vem do latim e significa “sombra”, simbolizando a forma clandestina e ardilosa de atuação dos investigados, que agora enfrentam a devida resposta do Estado.

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