Um levantamento do órgão, em parceria com o SUS, aponta que mais de 398 mil crianças brasileiras entre 5 e 10 anos possuem obesidade - Freepik
A obesidade infantil afeta cerca de 6 mil crianças no Rio Grande do Norte em 2025, de acordo com dados do Sistema Único de Saúde. A doença atinge 17,2% das crianças com idade entre 5 e 9 anos no estado, um índice que está acima das médias do Nordeste (12,7%) e do país (13,3%).
Dados da Atenção Primária à Saúde apontam que o índice de sobrepeso (IMC) entre crianças atendidas é de 12,2%, enquanto os casos de obesidade grave afetam 8,39% desse público.
A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) reconheceu recentemente a obesidade como um problema de saúde pública. Um levantamento do órgão, em parceria com o SUS, aponta que mais de 398 mil crianças brasileiras entre 5 e 10 anos possuem obesidade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o Brasil terá 11,3 milhões de crianças obesas até o final de 2025.
A OMS já reconhece a obesidade como uma doença crônica e aponta que 650 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem com a condição.
Para a professora de Nutrição da Faculdade Anhanguera, Jackeline Pires de Souza, os altos índices são um reflexo de maus hábitos alimentares. “É importante que os pais mantenham os filhos em consultas regulares com o médico-pediatra para, assim que o problema for diagnosticado, ele indique o melhor caminho, com o auxílio de um nutricionista”, alerta a especialista.
Ela explica que uma criança é considerada obesa quando seu Índice de Massa Corporal (IMC) está acima do percentual 95 para seu sexo e idade. Segundo a professora, os dados refletem a má alimentação das crianças, alinhada ao sedentarismo, com um crescente consumo de doces, fast foods, congelados e outros industrializados.
A OMS apontou também que 47% dos brasileiros estão sedentários. A organização alerta que esse problema pode levar cerca de 500 milhões de pessoas a desenvolverem doenças cardíacas, obesidade, diabetes e outras doenças não transmissíveis até meados de 2030.
Jackeline Pires de Souza orienta ainda a realização de no mínimo, 60 minutos de atividade aeróbica moderada por dia para crianças e adolescentes e cerca de 150 e 300 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana para adultos. Para a docente da Anhanguera, com o desenvolvimento da tecnologia, por exemplo, faz com que muitas crianças e jovens fiquem mais tempo no computador, celular, tablet e televisão o que, consequentemente, as afastam de atividades que desenvolvam sua parte física.
“O núcleo familiar tem papel essencial para os altos índices desses dados caírem. A família é um exemplo, em uma casa onde todos são sedentários e se alimentam errado, as crianças vão seguir os mesmos hábitos. Por isso, os pais devem começar a se alimentar de maneira saudável e fazer algum tipo de atividade física, dando exemplo para as crianças desde cedo. Quando o problema for identificado, o essencial é a família buscar apoio profissional do médico-pediatra, juntamente com o nutricionista”, ressalta Jackeline Pires de Souza.
Alimentação Balanceada
Ofereça uma dieta rica em frutas, vegetais, proteínas magras e grãos integrais.
Evite alimentos processados, ricos em açúcar e gordura.
Atividade Física Regular
Incentive a prática de atividades físicas diárias, como brincar ao ar livre, andar de bicicleta ou praticar esportes.
Limite o tempo de tela (televisão, videogames, computadores) para promover um estilo de vida ativo.
Educação Nutricional
Ensine as crianças sobre a importância de uma alimentação saudável e como fazer escolhas alimentares inteligentes.
Envolva-as na preparação das refeições para que aprendam sobre os ingredientes e a importância de uma dieta equilibrada.
Monitoramento e Suporte
Acompanhe o crescimento e o peso da criança regularmente com a ajuda de um profissional de saúde. Ofereça apoio emocional e psicológico, se necessário, para ajudar a criança a lidar com questões relacionadas ao peso e à imagem corporal.
Ambiente Familiar Saudável
Crie um ambiente familiar que promova hábitos saudáveis, onde todos os membros da família participem de atividades físicas e sigam uma dieta equilibrada.
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