Advogada Rhanna Diógenes - Foto: Reprodução

Cotidiano

Sororidade Advogada Rhanna Diógenes, que teve braço quebrado em 2011, se solidariza com vítima de agressão em elevador

Rhanna Diógenes usou a própria história para exigir políticas públicas efetivas e apoiou projeto de lei que veta agressores em cargos públicos

por: NOVO Notícias

Publicado 29 de julho de 2025 às 14:04

A advogada Rhanna Diógenes publicou um depoimento em solidariedade a Juliana Garcia dos Santos, a mulher agredida no último sábado pelo ex-namorado, Igor Cabral, em um elevador de Natal. Em um vídeo, Rhanna relembrou o ataque que sofreu em 2011, quando teve o braço quebrado após se recusar a beijar um homem em uma boate da Zona Sul de Natal.

Juliana foi brutalmente agredida com mais de 60 socos, em um caso que chocou o país. O agressor, Igor Cabral, foi preso em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva, devendo responder por tentativa de feminicídio.

Rhanna Diógenes afirmou que, ao denunciar seu agressor na época, compreendeu que sua história era parte de uma “realidade coletiva”. Em 2016, cinco anos após o crime sofrido pela advogada, o agressor dela foi condenado a três anos de reclusão.

“E hoje como profissional, mãe, mulher, eu afirmo: a violência contra a mulher é uma pauta urgentíssima. E ela não se combate com discursos vazios, mas se combate com políticas públicas sérias, com leis que funcionam, com estrutura de acolhimento e principalmente com coragem institucional”, disse Rhanna.

Nesse sentido, a advogada manifestou apoio a iniciativas como o projeto de lei do deputado Hermano Morais, que busca proibir condenados por feminicídio de ocuparem cargos comissionados no serviço público estadual. “Quem é capaz de agredir uma mulher não pode ocupar espaço de poder. Esse é um posicionamento claro e essa é a diferença entre discurso e ação”, defendeu.

“Eu não me calei. Eu denunciei e transformei meu caso em minha causa”, declarou Rhanna. Para ela, o enfrentamento à violência contra a mulher exige “políticas públicas sérias, leis que funcionam, estrutura de acolhimento e, principalmente, coragem institucional”.

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