O crime aconteceu no sábado (26), por volta das 16h, e foi gravado pela câmera do elevador
O Rio Grande do Norte registrou alta de 71,3% no número de tentativas de feminicídio em 2024. Foi a terceira maior variação entre todos os estados brasileiros, ficando atrás apenas do Acre e do Maranhão. Os dados são do Anuário da Segurança divulgado na semana passada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
O tema ganhou maior visibilidade esta semana após o caso de agressão contra uma mulher de 35 anos, no último sábado (26), dentro de um elevador de um condomínio localizado no bairro de Ponta Negra, zona Sul de Natal.
A vítima foi brutalmente espancada pelo namorado, que desferiu mais de 60 socos, conforme registrado por câmeras internas do elevador. O caso é investigado como tentativa de feminicídio pela Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher da Zona Leste, Oeste e Sul (DEAM/ZLOS).
Em números absolutos, as tentativas de feminicídio saltaram de 39 casos em 2023 para 67 em 2024. A taxa do crime por grupo de 100 mil mulheres quase dobrou, passando de 2,2 para 3,8, superando a taxa nacional de 3,6.

O crescimento dos casos no estado foi quase quatro vezes maior que a média nacional para o mesmo crime, que ficou em 19%.
A violência de forma geral também aumentou. O número total de tentativas de homicídio contra mulheres passou de 123 em 2023 para 147 em 2024, o que representa um crescimento de 19,2%.
A legislação brasileira considera a tentativa de feminicídio como um crime qualificado. A pena para o crime, como previsto no Código Penal brasileiro, pode variar de 6 a 20 anos de reclusão, dependendo do grau de execução do crime e outras circunstâncias.

Além disso, os registros de lesão corporal dolosa em contexto doméstico no Rio Grande do Norte apresentaram uma piora entre 2023 e 2024. O número de vítimas mulheres que registraram o crime subiu de 1.178 para 1.221 no período.
Esse aumento representa um crescimento de 3,3%. A taxa, que mede a incidência do crime na população, também aumentou, passando de 66,8 para 69,1 casos a cada 100 mil mulheres.
Apesar da tendência de alta, a taxa de violência doméstica registrada no estado é drasticamente inferior à média nacional, que é de 236,6 casos por 100 mil mulheres. A taxa do Rio Grande do Norte corresponde a menos de um terço da taxa brasileira.
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