Presidente Lula - Foto: Ricardo Stuckert/PR
Presidente brasileiro participa de encontro no Canadá, que terá como pautas principais a escalada de conflito no Oriente Médio e o fim da trégua tarifária anunciada pelos EUA
Publicado 15 de junho de 2025 às 17:29
A Cúpula do Grupo dos Sete (G7) começou neste domingo (15), no Canadá, com tensões elevadas. A escalada do conflito entre Israel e o Irã e a ameaça de uma guerra comercial global marcam o encontro. O evento ocorre a menos de um mês para o fim da trégua tarifária anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou presença na semana passada. Ele deve chegar amanhã à noite para participar do encontro dos países mais ricos do mundo. Além do Brasil, foram convidados para a cúpula deste ano a Austrália, Ucrânia, Coreia do Sul, México e Índia. A 50ª reunião do G7 acontece entre hoje e terça-feira em Kananaskis, Alberta. O grupo é formado por EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá.
Encontros Bilaterais
Será a primeira vez que Lula e Trump estarão na mesma mesa de negociações desde a posse do republicano. O presidente brasileiro deve aproveitar a cúpula para encontros bilaterais. Uma das reuniões já pré-acordadas deve ser com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski. Se realizada, será a segunda reunião entre ambos.
Lula confirmou sua participação somente na semana passada, após convite formal do primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney. A presença do brasileiro, contudo, já era prevista. Para Ananya Kumar, vice-diretora do Centro de Geoeconomia do Atlantic Council, o convite a países como o Brasil ocorre em meio ao maior peso dessas nações na economia global.
Tensões na Pauta
Neste ano, a cúpula do G7 deve ser marcada pela escalada de novos conflitos entre Israel e o Irã. O cenário tem reflexos na segurança e na economia mundial, devido ao salto nos preços do petróleo. A renovada tensão no Oriente Médio tende a pautar parte da reunião. Os membros do G7 devem tentar persuadir Trump, único líder com real influência sobre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
As atenções com os conflitos dividem o palco com as tarifas de Washington. Há expectativa de avanço nos acordos entre os EUA e países como Japão e Canadá durante a cúpula. Até o momento, os americanos selaram acordo apenas com o Reino Unido e avançaram em tratativas com a China. O primeiro-ministro do Canadá afirmou que uma reunião bilateral com Trump será determinante para avaliar a proximidade de um acordo.
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