Área equivalente a cerca de 1.600 campos de futebol foi degradada na Mata Atlântica do RN. Foto: Ibama

Área equivalente a cerca de 1.600 campos de futebol foi degradada na Mata Atlântica do RN. Foto: Ibama

Cotidiano

Operação Ibama aplica cerca de R$ 2 milhões em multas por degradação de Mata Atlântica no RN

No Rio Grande do Norte, somente este mês, o Ibama embargou mais de 1.600 hectares da Mata Atlântica, área que equivale a cerca da mesma quantidade de campos de futebol oficiais.

por: Ibama

Publicado 28 de maio de 2025 às 16:03

A Operação Mata Viva, deflagrada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Rio Grande do Norte este mês, embargou, até o momento, mais de 1.600 hectares da Mata Atlântica, área que equivale a cerca da mesma quantidade de campos de futebol oficiais.

Os 30 embargos aplicados pelos agentes referem-se a atividades ilegais que degradaram o bioma nos últimos cinco anos e que foram barradas pela fiscalização. Também foram aplicados 25 autos de infração, no total de aproximadamente R$ 2 milhões em multas, além de notificações e outras sanções administrativas. Área equivalente a cerca de 1.600 campos de futebol foi degradada na Mata Atlântica do RN.

A iniciativa visa responsabilizar administrativamente os infratores e buscar a reparação dos danos causados a um dos ecossistemas mais ameaçados do país. Em situação crítica, a Mata Atlântica, cujo Dia Nacional foi celebrado na terça-feira (27), possui apenas 2,5% de sua cobertura original no Rio Grande do Norte, que chegou a 6.400 km² do território do estado (13% do total), conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da SOS Mata Atlântica de 2023.

Além das pressões históricas da agropecuária, a Mata Atlântica potiguar sofre com a intensificação de novos vetores de degradação, como a expansão desordenada do setor turístico, o crescimento urbano e a forte especulação imobiliária. Diante dessa realidade, a Operação Mata Viva foi planejada para coibir essas atividades ilegais e proteger o que resta da floresta.

De acordo com o coordenador da operação, Frederico Fonseca, o foco da ação fiscalizatória também é a reparação dos danos ambientais nas áreas atingidas. “Estamos atuando firmemente para proteger os remanescentes de Mata Atlântica no estado, um bioma fundamental para a biodiversidade, para o equilíbrio climático e para a qualidade de vida das populações locais”, destaca.

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